Mais do que abrir a 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, a vitória do Flamengo sobre o Criciúma, em Brasília, ficou marcada pelo lance que decidiu o resultado final.

Os dois times empatavam por 1 a 1 até os 43 minutos do segundo tempo, quando, durante um ataque do Flamengo, uma segunda bola foi arremessada pela torcida no gramado.

 

Enquanto Everton Cebolinha fazia a jogada dentro da área, Barreto, jogador do time catarinense, chutou a segunda bola em direção à primeira. Os dois objetos se tocaram, até que o árbitro Maguielson Lima Barbosa assinalou pênalti – que Gabigol converteu para dar a vitória ao Flamengo por 2 a 1.

 

 

O que diz a regra?

De acordo com o manual de regras do futebol, a marcação do pênalti é correta. Um tiro livre direto (falta, em um termo mais usado) será concedido se um jogador cometer algumas infrações, entre elas "arremessar um objeto na direção da bola, de um adversário ou de um membro da equipe de arbitragem".

Foi exatamente esse o movimento feito por Barreto, ao chutar uma segunda bola em direção à primeira, que estava em jogo, de maneira proposital para atrapalhar o lance do ataque do Flamengo.

No entanto, o árbitro também tinha a possibilidade de paralisar o jogo caso entendesse que a segunda bola estivesse interferindo no andamento da partida. Neste cenário, até mesmo o VAR poderia chamar caso entendesse que o lance deveria ser revisto.

A arbitragem de vídeo, porém, preferiu manter a decisão de campo. Maguielson Lima Barbosa estava em cima da jogada e assinalou a penalidade, para irritação dos jogadores do Criciúma e felicidade de Gabigol, que comentou ao fim do jogo.

"Nunca tinha visto (um pênalti assim), mas acho que é a regra. O árbitro fez tudo certo, e que bom que eu estava lá para bater o pênalti", falou o camisa 99.